Mário Barradas: O Teatro é a mais ciumenta das artes

Reavivar a memória de Mário Barradas foi uma aventura de fascínios, emoções, reencontros e ensinamentos. A vida do Mário foi fascinante, pelos mundos por onde passou e viveu, Açores, Lisboa, Timor, Moçambique, Strasbourg, Évora, emocionante porque foi capaz de abandonar um bem sucedida carreira de advogado em Lourenço Marques para ir para Strasbourg aprofundar a sua formação no teatro, de reencontros porque nos lembrou pessoas como Madalena Perdigão, Curt Meyer-Clason, Fernanda Alves e Richard Demarcy, de ensinamentos pela dimensão do projeto que criou em Évora e que representou o arranque de uma política cultural e artística pensada para a diversidade do país e não só para as capitais. Um projeto e uma política que a cegueira dos poderes públicos ajudaram a desmantelar.

Para além de agradecermos a todos aqueles que acompanharam o projeto de Évora e que trazem aqui os seus testemunhos, gostaríamos de referir o Mário Primo que, numa outra dimensão, tem um projeto exemplar de intervenção cultural e artística em Santo André (Litoral Alentejano), um projeto também desconhecido ou desvalorizado pelas autoridades centrais, que nos permitiu publicar a entrevista com Mário Barradas no início do dossier. Uma entrevista publicada na Cenas nº 11, um projeto da Associação AJAGATO que o Mário dirige e de quem falaremos brevemente.

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